25.5.10

Quando alugar um imóvel pode ser melhor que financiar a casa própria?

SÃO PAULO – A decisão de comprar um imóvel não é das mais fáceis. Embora o crédito imobiliário tenha registrado números recordes nos últimos tempos, entrar em um financiamento que o acompanhará por anos exige pensar duas vezes. Será que alugar não é uma opção melhor?

Para a gestora de investimentos Claudia Kodja, a decisão de compra da casa própria não pode considerar o cálculo, pois envolve também aspectos emocionais. “O que é importante entender que, ao financiar um automóvel, troca-se uma relação comercial com um locador, cujo aviso de possível desistência não passa de 30 ou 90 dias, para uma relação com a mesma instituição financeira por 15 ou 30 anos”, afirma. “É preciso prudência, porque nesse tempo muitas coisas podem mudar, inclusive sua renda”.

Porém, se o consumidor conseguir se livrar do aspecto emocional trazido pelo ideal da casa própria, pode se surpreender ao perceber que pagar aluguel por um pouco mais de tempo é uma alternativa a se pensar.

O que é mais caro?

O professor de Análise de Cenários Econômicos da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), Silvio Paixão, tem um forma bem objetiva para ajudar no raciocínio: “Digamos que estou pagando R$ 1.000 de aluguel e quero tomar dinheiro emprestado para financiar a compra do imóvel. Se a parcela do financiamento for menor que a parcela da locação, vale a pena financiar”, disse ele.

Já no caso em que a pessoa tem dinheiro para pagar o imóvel à vista, ele apenas precisa calcular se este dinheiro, aplicado, teria um rendimento líquido (após subtrair os impostos, taxas e encargos) maior que o valor do aluguel.

“Eu pago R$ 2.000 de aluguel. Quando eu aplicar meu dinheiro, receberei mais de R$ 2.000 (de rentabilidade)? Então, vou deixá-lo aplicado e continuar no aluguel”, disse Paixão.

Metade do tempo

Para Cláudia, na maioria dos casos, permanecer mais tempo pagando aluguel é financeiramente mais vantajoso. “Se você parcela por 20 anos um imóvel de R$ 100 mil com prestações de R$ 1.400, você poderia continuar morando de aluguel, pagando R$ 750 por mês, que, juntando a diferença, acumularia o montante suficiente para comprar o imóvel à vista em 10 anos – a metade do tempo”, exemplificou a gestora. “E a aplicação pode ser em uma renda fixa, na taxa de rentabilidade média do mercado. Nada impossível de se obter”, declarou.

Claudia acrescenta que, mesmo a taxa de juros dos financiamentos imobiliários sendo uma das menores entre os demais produtos financeiros, o peso ainda é muito alto, porque a dívida leva muito tempo para ser quitada. “O aluguel não é uma coisa ruim nem um bicho de sete cabeças. É muito possível que, investindo a diferença entre a parcela do financiamento e o aluguel, você consiga comprar o mesmo imóvel na metade do tempo”, alertou.

Outras coisas a observar

Paixão observa um aspecto importante a ser analisado antes de tomar a decisão: o potencial de valorização do imóvel. “O financiamento que vou fazer deve me permitir obter um imóvel que será apreciado daqui alguns anos. Não faz sentido parar R$ 1 milhão em uma casa que valerá R$ 800 mil daqui cinco anos. Terei perdido dinheiro”, disse.

A recomendação final de Cláudia é permanecer no aluguel, pelo menos o tempo suficiente para acumular um montante necessário para dar uma boa entrada no financiamento, reduzindo assim o prazo do endividamento.

“O aluguel compromete menos a renda que o financiamento. E o lado emocional deve ser deixado de lado, afinal, até você quitar totalmente as parcelas, a casa continua sendo do financiador, e não sua, e ele pode tomar o imóvel de volta com muita facilidade, em caso de inadimplência”, declarou a consultora.

Fonte: Link - Yahoo - Finanças

21 exercícios de neuróbica que deixam o cérebro afiado

Por Natalia do Vale
Quem foi que disse que o cérebro não precisa de exercícios para se manter ativo? Se o nosso corpo necessita de malhação para ficar sempre em ordem e cheio de disposição, por que com a mente seria diferente?

 
O cérebro também vai perdendo sua capacidade produtiva ao longo dos anos e, se não for treinado com exercícios, pode falhar. O neurocientista norte-americano, Larry Katz, autor do livro Mantenha seu Cérebro Vivo, criou o que é chamado de neuróbica, ou seja, uma ginástica específica para o cérebro.

A teoria de Katz é baseada no argumento de que, tal como o corpo, para se desenvolver de forma equilibrada e plena, a mente também precisa ser treinada, estimulada e desenvolvida. É comum não prestamos atenção naquilo que fazemos de forma mecânica, por isso costumamos esquecer das ações que executamos pouco tempo depois.

"O objetivo da neuróbica é estimular os cinco sentidos por meio de exercícios, fazendo com que você preste mais atenção nas suas ações e então, melhore seu poder de concentração e a sua memória", explica a psicóloga especialista em análise comportamental e cognitiva, Mariuza Pregnolato. "Não se trata de acrescentar novas atividades à sua rotina, mas de fazer de forma diferente o que é realizado diariamente".

Para o neurologista da Unifesp Ivan Okamoto, tais exercícios ajudam a desenvolver habilidades motoras e mentais que não costumamos ter em nosso dia a dia, porém, tais habilidades em nada se relacionam com a memória.

"Se você é destro e começa a escrever com a mão esquerda, desenvolverá sua coordenação motora de modo a conseguir escrever com as duas mãos e caso um dia, tenha algum problema que limite a escrita com a mão direita, terá a esquerda bem capacitada para isso. Mas o fato de praticar este tipo de exercício não significa que você se verá livre de problemas como esquecer de pagar as contas, tomar o remédio, ou algo do gênero", explica o especialista.

Como funciona a neuróbica?

A neuróbica consiste na inversão da ordem de alguns movimentos comuns em nosso dia a dia, alterando nossa forma de percepção, sem, contudo, ter que modificar nossa rotina. O objetivo é executar de forma consciente as ações que levam à reações emocionais e cerebrais. São exercícios que vão desde ler ao contrário até conversar com o vizinho que nunca dá bom dia, mas que mexem com aspectos físicos, emocionais e mentais do nosso corpo. "São esses hábitos que ajudam a estimular a produção de nutrientes no cérebro desenvolvendo suas células e deixando-o mais saudável", explica Mariuza Pregnolato.

Quanto mais o cérebro é treinado, mais afiado ele ficará, mas para isso não precisa se matar nos testes de QI ou nas palavras cruzadas para ter resultados satisfatórios. "Estas atividades funcionam, mas a neuróbica é ainda mais simples. Em vez de se inscrever em um super desafio de matemática e ficar decorando fórmulas, que tal vestir-se de olhos fechados ou andar de trás para frente?", sugere a especialista. A proposta da neuróbica é mudar o comportamento rotineiro para "forçar" a memória. Por isso, é recomendável virar fotos de cabeça para baixo para concentrar a atenção ou usar um novo caminho para ir ao trabalho.

O papel dos sentidos

O programa de exercícios da neuróbica oferece ao cérebro experiências fora da rotina, usando várias combinações de seus sentidos - visão, olfato, tato, paladar e audição, além dos "sentidos" de cunho emocional e social.
"Os exercícios usam os cinco sentidos para estimular a tendência natural do cérebro de formar associações entre diferentes tipos de informações, assim, quando você veste uma roupa no escuro, coloca seus sentidos em sinal de alerta para a nova situação. Se a visão foi dificultada, e é isso que faz com que você sinta o efeito dos exercícios, outros sentidos serão aguçados como compensação", explica Mariuza.

Para estimular o paladar, uma dica bacana é fazer combinações gastronômicas inusitadas. Já pensou em misturar doce com salgado? Maionese com leite condensado?

Corpinho de 40 e mente de 20!

A neuróbica não vai lhe devolver o cérebro dos vinte anos, mas pode ajudá-lo a acessar o seu arquivo de memórias. "Não dá para aumentar nossa capacidade cerebral, o que acontece é que com os exercícios você consegue ativar áreas do seu cérebro que deixou de usar por falta de treino", explica Mariuza.

"Você só estimula o cérebro se o exercita, por isso quem sempre esteve atento a esta questão terá menos problemas de saúde cerebral, como demência e doenças cognitivas, como Alzheimer".


21 dicas para você montar seu treino

O desafio da neuróbica é fazer tudo aquilo que contraria ações automáticas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional, por isso:

1-Use o relógio de pulso no braço direito;

2-Ande pela casa de trás para frente;

3-Vista-se de olhos fechados;

4-Estimule o paladar, coma comidas diferentes;

5-Leia ou veja fotos de cabeça para baixo concentrando-se em pormenores nos quais nunca tinha reparado;

6-Veja as horas num espelho;

7-Troque o mouse do computador de lado;

8-Escreva ou escove os dentes utilizando a mão esquerda - ou a direita, se for canhoto;

9-Quando for trabalhar, utilize um percurso diferente do habitual;

10-Introduza pequenas mudanças nos seus hábitos cotidianos, transformando-os em desafios para o seu cérebro;

11-Folheie uma revista e procure uma fotografia que lhe chame a atenção. Agora pense 25 adjetivos que ache que a descrevem a imagem ou o tema fotografado;

12-Quando for a um restaurante, tente identificar os ingredientes que compõem o prato que escolheu e concentre-se nos sabores mais subtis. No final, tire a prova dos nove junto ao garçom ou chef;

13-Ao entrar numa sala onde esteja muita gente, tente determinar quantas pessoas estão do lado esquerdo e do lado direito. Identifique os objetos que decoram a sala, feche os olhos e enumere-os;

14-Selecione uma frase de um livro e tente formar uma frase diferente utilizando as mesmas palavras;

15-Experimente jogar qualquer jogo ou praticar qualquer atividade que nunca tenha tentado antes.

16-Compre um quebra cabeças e tente encaixar as peças corretas o mais rapidamente que conseguir, cronometrando o tempo. Repita a operação e veja se progrediu;

17-Experimente memorizar aquilo que precisa comprar no supermercado, em vez de elaborar uma lista. Utilize técnicas de memorização ou separe mentalmente o tipo de produtos que precisa. Desde que funcionem, todos os métodos são válidos;

18-Recorrendo a um dicionário, aprenda uma palavra nova todos os dias e tente introduzi-la (adequadamente!) nas conversas que tiver;

19-Ouça as notícias na rádio ou na televisão quando acordar. Durante o dia escreva os pontos principais de que se lembrar;

20-Ao ler uma palavra pense em outras cinco que começam com a mesma letra;

21-A proposta é mudar o comportamento rotineiro. Tente, faça alguma atividade diferente com seu outro lado do corpo e estimule o seu cérebro. Se você é destro, que tal escrever com a outra mão?

 
Hábitos saudáveis

Outra atitude indispensável para manter a memória sempre afiada, é prestar atenção na qualidade de vida. O neurologista Ivan Okamoto sugere um estilo de vida mais tranquilo, com alimentação balanceada, sem vícios e com a prática regular de exercícios físicos para manter o corpo e a mente saudáveis.

"A melhor maneira de manter a memória em dia é cuidar da saúde, por isso é importante evitar cigarro e bebidas alcoólicas, seguir uma dieta equilibrada, praticar exercícios e exercitar o cérebro. Manter a atividade mental, seja trabalhando ou participando de alguma atividade em grupo, ajuda a elevar a autoestima e deixar a memória a todo vapor", explica o especialista.

Fonte?: Link - Yahoo - Beleza e Saude