11.5.10

A coisa tá mudando....

- O Estado de S.Paulo

"Não há melhor herança que eu possa deixar para os meus filhos do que o estudo. Vou trabalhar dia e noite para dar uma educação melhor." A frase da professora Maria Aparecida da Silva Vieira Silva, de 49 anos, casada e mãe de Matheus, de 17 anos, e Sophia, de 15 anos, resume os objetivos da nova classe média brasileira.


Com renda familiar de cerca de R$ 5 mil por mês, ela e o marido Sandoval Vieira Silva, de 50 anos, trabalham literalmente dia e noite para pagar a escola particular e cursos para o filho, já que a filha ainda resiste à ideia de sair da escola pública. "Ela tem de ir para uma escola particular e fazer cursos de inglês porque estudo é tudo. Eu estou olhando lá na frente", diz a mãe. Com a escola de Matheus, que cursa 3.º colegial, a família gasta da 10% da renda.

A professora de artes sai de casa às 6h e só retorna às 21h30 e tem dias que chega às 23h. Ela completa três turnos de aulas em escolas públicas do Estado e da Prefeitura. O marido, que é manobrista, trabalha no turno da noite, das 18h às 6h, e mal encontra durante a semana o filho, que estuda e acaba de conseguir o primeiro emprego.

Há dez anos, o domicílio de Maria Aparecida foi visitado pelos pesquisadores da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para fornecer dados para a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF). No ano passado, os pesquisadores da entidade voltaram lá e constataram mudanças para melhor na vida dos Silva.

Além da maior participação das despesas com educação no orçamento da família, o apartamento de dois dormitórios no Jardim Umuarama, zona sul de São Paulo, está quitado. Agora a família se prepara para comprar o segundo imóvel. "Quero comprar uma casa e alugar este apartamento para ter como uma fonte de renda", planeja a professora.

Para atingir esse objetivo, Maria Aparecida pretende vender o Vectra 2007, que ela acabou de comprar, quando o carro estiver quitado. A intenção é usar o dinheiro da venda do veículo como entrada de um novo imóvel no interior. Em 1999, quando foi visitada pela primeira vez pelos pesquisadores da Fipe, a família tinha um carro bem mais antigo, um Kadett 1991.

Livre da despesa do financiamento do imóvel, Maria Aparecida tratou de equipar a família: comprou computador, instalou internet e comprou celular para filhos e marido. Agora quer adquirir um segundo computador que deve ser um notebook. TV de LCD (com tela de cristal líquido), uma geladeira e um fogão novos também estão na lista de futuras aquisições.

Com a ascensão da família na escala social, Maria Aparecida conta que incorporou novos itens na lista de compras do supermercado. "Outro dia comprei salmão. Antes eu nem pensava em comprar esse peixe", diz ela, que incluiu queijos, requeijão e salame na dieta da família. / M.C.

Fonte: O Estadão

Android, iPhone, BlackBerry: qual o melhor para criar aplicativos?

Por Brad Reed, da Network World (EUA)
04 de maio de 2010 - 07h10
 
Desenvolvedores falam da experiência de trabalhar com as três alternartivas e elegem pontos fortes e fracos de cada uma. 

Você é um desenvolvedor de software que criou uma nova aplicação para smartphones, prestes a estourar em todo o mundo. Por melhor que seja o trabalho, você tem um problema: sua brilhante e inovadora aplicação não terá apenas que competir com muitas outras, com ambições similares, mas também disputar espaço com elas entre múltiplas plataformas. Com tamanha diversidade de sistemas operacionais disponíveis no mercado, pode ser assustador para um desenvolvedor de software fazer o seu nome.

Surpreendentemente, inexiste uma solução única para desenvolvedores de software interessados em entrar no mercado de aplicações móveis. Cada sistema operacional tem diferentes fraquezas e pontos fortes e algo a oferecer aos desenvolvedores. Pense, por exemplo, no sistema operacional do iPhone, que recorrentemente recebe aplausos dos usuários por sua facilidade de uso e por contar com uma loja de aplicações, a App Store, com mais de 140 mil aplicativos aprovados. Apesar de parecer um sonho para muitos desenvolvedores, alguns têm dito que justamente o grande número de aplicações tem dificultado a competição.

“É mais fácil desenvolver para o iPhone do que para outros sistemas operacionais, mas é mais difícil fazer dinheiro com o aparelho da Apple”, afirma o Chief Executive Officer (CEO) da desenvolvedora de software Handmark, Paul Reddick. A empresa é especializada no desenvolvimento de aplicativos móveis de notícias. “Apesar de ser relativamente fácil conseguir colocar seu produto na App Store, não é fácil se fazer notar quando existem outros 140 mil junto com você. A questão-chave é descobrir como fazer com que você seja percebido”, acrescenta.

Variedade de formatos
Obviamente, o fato de tantos desenvolvedores desejarem criar aplicações para o iPhone é mais um sinal de sucesso do que de fracasso. Além disso, alguns desenvolvedores afirmam que o tamanho uniforme da tela facilita a criação. Aplicativos desenvolvidos para aparelhos Blackberry ou que utilizam o sistema operacional Android precisam sempre ser adaptados, devido aos diferentes tamanhos de tela dos modelos fabricados pelos fornecedores. Um aplicativo para iPhone serve para todas as versões do celular da Apple.

“A principal força do iPhone, sob o ponto de vista de um desenvolvedor, é a padronização de sua tela”, confirma o CEO da desenvolvedora de jogos para plataformas móveis Concrete Software, Keith Richelman. “Esse é o grande desafio para todas as outras plataformas que estão presentes em dispositivos com uma grande variedade de tamanho de tela”, completa. Apesar disso, Pichelman conta que o sistema operacional com o qual sua empresa mais gosta de trabalhar é o dos dispositivos Blackberry. A maior vantagem, diz ele, é o apoio da Research in Motion (RIM), que, segundo o executivo, dá orientações concretas e específicas sobre como conseguir que os aplicativos sejam aprovados e publicados na Blackberry App World, loja de aplicativos da RIM.

“Eles [a RIM] têm sido extremamente atenciosos, tanto por meio de contatos técnicos quanto de relações públicas, e tem sido assim há anos”, afirma. “Eu adoraria ver a Apple agindo da mesma forma. Eles têm feito um excelente trabalho, mas às vezes é difícil trabalhar com a Apple, porque não sabemos o que eles vão aprovar ou não”, avalia Pichelman.

A porta-voz da área de marketing e vendas para desenvolvedores da Data Viz, Shari Hoffman, compartilha essa visão a respeito da fabricante do BlackBerry. Já Reddick diz que apesar da RIM realizar um bom trabalho de relacionamento com desenvolvedores, o sistema operacional que roda no aparelho pode apresentar desafios. Segundo Shari, é difícil criar uma aplicação única que seja interoperável com a ampla variedade de aparelhos da marca. “Criar algo que funcione em um aparelho não significa necessariamente que funcionará em outros”, reclama.

A grande novidade a chegar ao mercado de sistemas operacionais móveis nos últimos tempos foi o Android. Como o sistema operacional do Google é open source, qualquer desenvolvedor pode acessar seu código e criar aplicativos. Além disso, desenvolvedores afirmam que é fácil colocar aplicações na loja de aplicativos, o Android Market, já que o Google não atua como um “porteiro”, avaliando cada aplicação. Na verdade, o Google permite a entrada de todas as aplicações submetidas à loja e só remove do Android Market aquelas consideradas inapropriadas, mas isso depois que elas são publicadas.

A gerente de produtos da linha Android da Data Viz, Ilya Eliashevsky, observa que o Android oferece diversas vantagens para pequenos desenvolvedores porque permite que eles simplesmente publiquem o aplicativo na loja e aguardem o início das vendas. “Nós criamos uma conta e publicamos nossos aplicativos, que são aprovados. Na sequência, eles começam a aparecer em aparelhos e as vendas têm início imediatamente”, conta.
Pensando no futuro, Reddick diz que essas funcionalidades farão do Android o principal player a atrair desenvolvedores Web, devido à sua estrutura open source e ao fato de que ele começou a aparecer em uma grande variedade de dispositivos ao longo do ano passado. “Posso ver o Android com muito sucesso no futuro porque é um sistema operacional aberto que está ganhando espaço em inúmeros celulares de diferentes fabricantes e também entre desenvolvedores”, avalia. “Se eu estivesse desenvolvendo um aplicativo agora com o objetivo de gerar caixa no curto prazo, colocaria a aplicação no BlackBerry e no iPhone, mas se eu fosse olhar para um crescimento futuro, optaria pelo Android”.


Fonte: COMPUTERWORLD

Sobe a Pirataria de Software e Aumenta o número de computadores pessoais

O prejuízo que o Brasil teve com pirataria de software mais que dobrou em 2009 e o país já é o quinto no ranking dos países com as maiores perdas em valor monetário provocadas pelo uso de programas de computador piratas, segundo o relatório anual da Business Software Alliance (BSA), divulgado nesta terça-feira.

Segundo a organização baseada em Cingapura, o valor do software pirateado no Brasil em 2009 - US$ 2,25 bi (cerca de R$ 4 bi, mais que o dobro do que o prejuízo estimado no relatório do ano passado, de R$ 1,645 bilhão) - fica abaixo apenas de Estados Unidos (US$ 8,39 bi), China (US$ 7,58 bi), Rússia (US$ 2,61 bi) e França (US$ 2,54 bi).

Em todo o mundo, a BSA calcula que o prejuízo à indústria mundial de software tenha batido US$ 50 bilhões no ano passado. No Brasil, 56% dos programas utilizados não teriam a licença necessária, acima da média mundial de 43%. Em 2008, o índice no Brasil foi de 58%.

O país com maior taxa de uso de uso de programas pirateados segundo o relatório é a Geórgia, com 95%. Em seguida, vêm Zimbábue, Bangladesh, Moldova e Armênia. O Brasil não figura entre os 30 países com maior taxa de uso de software pirata.

Emergentes

Em todo o mundo, foi registrado um aumento de 2% nos níveis de uso de software ilegal em comparação com 2008, mas a organização calcula que isso se deva principalmente ao crescimento do mercado de computadores na China, na Índia e no Brasil.

Em 2009, os três mercados emergentes representaram 86% do crescimento da venda de computadores.

"Este aumento de penetração significa que mesmo se a pirataria caísse me todas as economias com alta pirataria, o aumento da fatia do mercado dos computadores no Brasil, na Índia e na China empurraria a média para cima", diz o documento da BSA.

O número de computadores pessoais vendidos no mundo em 2009 cresceu 8,4 milhões de unidades em comparação com o ano anterior. Destas, 7,3 milhões foram vendidas na China, no Brasil e na Índia.

No entanto, o relatório também destaca o impacto da crise econômica mundial sobre o mercado de computadores, que teria caído 3% em relação a 2008. Isso também teria contribuído para a queda da pirataria em 54 dos 111 países avaliados; em 38, ela se manteve estável, e em 19, cresceu.

Fonte: http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2010/05/11/prejuizo-com-pirataria-de-software-no-brasil-mais-que-dobra-ja-5-no-mundo-diz-relatorio-916552159.asp 

Lula avisa que não haverá aumento para servidores este ano

SIMONE IGLESIAS
LORENNA RODRIGUES
MARIA CLARA CABRAL
da Sucursal de Brasília

Em reunião na noite desta segunda-feira com 15 ministros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que todos os órgãos do governo deixem claro que não haverá mais reajuste a servidores.

"A reunião foi para dizer que ministro e dirigente de autarquia não é sindicalista e não tem que defender reivindicação de servidor. Não tem reajuste em 2010", disse o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) depois da reunião.

Além da greve de servidores do Ibama e de algumas universidades federais, funcionários do Judiciário também ameaçam parar.

Na tarde de hoje, Bernardo também criticou a votação de projetos pelo Congresso Nacional sem a indicação de receitas correspondente, como a aprovação na semana passada do reajuste de 7,7% para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo, que custará R$ 30 bilhões nos próximos cinco anos à Previdência Social.

De acordo com Bernardo, há uma série de "bondades" sendo preparadas pelo Congresso, como o reajuste do Judiciário e de policiais militares.

"Estamos vivendo um verdadeiro surto de aprovação de projetos que evidentemente não têm sustentabilidade do ponto de vista do Orçamento. O Congresso é o beque, é ele que aprova, e não achamos responsável que se vote o volume de projetos que estão sendo preparados sem dizer de onde vem o dinheiro", afirmou.

"Não temos condições de atender. No caso dos setores que entraram em greve, vamos cortar o ponto", completou.

Uma viagem a cada ano. Basta planejar

Mônica Nóbrega - O Estado de S.Paulo

Qualquer pessoa pode viajar todos os anos, desde que tenha renda mensal, não importa o valor. Você leu certo: estamos dizendo que a velha desculpa de não estar com dinheiro para sair pelo mundo nas férias não cola.


Antes de se tornar certeza absoluta, a afirmação acima surgiu como hipótese. Para confirmá-la, o Viagem consultou três especialistas em economia, finanças pessoais e no mercado do turismo. As orientações divergem em alguns pontos, mas todos concordam que basta fazer um planejamento rigoroso para garantir uma viagem por ano. E sem dívidas na volta para casa.

Nem sempre será possível realizar o passeio dos sonhos, claro. Mas existem opções de roteiros interessantíssimos que cabem em orçamentos bastante enxutos - Buenos Aires, por exemplo, está ao alcance até de quem ganha os R$ 510 do salário mínimo.

O segredo é reservar parte da renda mensal para pagar a viagem de férias - seja guardando o dinheiro ou pagando financiamento (leia na página 5). O valor vai depender das suas prioridades financeiras, mas não pode ultrapassar o equivalente a um terço do salário. Para chegar a tal fração, os especialistas consideram o padrão médio de gastos dos brasileiros. Que se traduz pela seguinte fórmula: um terço da renda mensal é usado para pagar despesas fixas, como aluguel e mensalidade escolar; o segundo terço, para custeio do dia a dia e lazer, como transporte, alimentação e ingresso do cinema. A terceira parte corresponde à poupança - desta fração sai o necessário para bancar a viagem.

As diferenças de opiniões entre os especialistas surgem neste ponto. O professor de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Evaldo Alves não vê problema em usar integralmente a poupança para pagar a viagem. Já o professor de Finanças Samy Dana, da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e também da FGV, recomenda que o investimento em turismo não ultrapasse metade da economia mensal - ou seja, cerca de 15% do salário.

Para o professor de Hotelaria Alberto Moane, do Senac, as opções de pacotes disponíveis hoje permitem que o viajante gaste não mais que 3% a 5% de sua renda no roteiro de férias. "Cruzeiros marítimos são o melhor exemplo. Atualmente, você paga uma viagem de navio com R$ 80 por mês, em dez parcelas", diz.

Cotas. As despesas diárias da viagem precisam ser consideradas na hora de planejar. Em média, os especialistas recomendam 100 unidades monetárias do país visitado por pessoa a cada dia. Pesquise preços de refeições e passeios, estabeleça uma cota diária e trate de obedecê-la.

Para isso, vale pedir dicas a moradores, que podem indicar restaurantes bons e baratos. Encontre opções de visitas gratuitas em museus - muitos têm entrada grátis nas últimas horas do dia - e city tours que não cobram pelo passeio, em geral, disponíveis nos centros de turismo.

Nas viagens em família, nada disso dará certo se não for combinado antes. Cada integrante do clã deve saber quanto poderá gastar por dia. E, por falar em família, vale lembrar que, para mais pessoas, a melhor escolha é procurar um destino adequado ao orçamento. Aumentar a cota financeira para a viagem pode resultar em dívida - e cancelar as férias do ano que vem.




Manual
prático*

Rotas dos sonhos...

Tailândia
Quanto custa: US$ 4.180 (R$ 8.485,40, câmbio da operadora), na Raidho (11-3383-1200)
O que inclui: transporte, 9 noites em quarto duplo, café e entradas em museus
Economia por mês: R$ 707,12 + R$ 3,54 = R$ 710,66
Salário: a partir de
R$ 4.738


Turquia
Quanto custa: 1.740 (R$ 3.980), com a Agaxtur (11-3067-0900)
O que inclui: transporte, 10 noites em quarto duplo (Istambul, Ancara, Capadócia, Pamukkale e outras) e passeios
Economia por mês: R$ 331,67 + R$ 1,66 = R$ 333,33
Salário: a partir de
R$ 2.223



Disney
Quanto custa: US$ 2.042 (R$ 3.619), na Stella Barros (4003- 3099), baixa temporada
O que inclui: 7 noites em quarto triplo, aéreo, 6 ingressos para parques e traslados
Economia mensal: R$ 301,60 + R$ 1,51 = R$ 303,11
Salário: a partir de
R$ 2.020,74


... e os tours possíveis


Paris
Quanto custa: R$ 2.670,28 com a CVC (11-2191-8911)
O que inclui: passagem aérea, 6 noites de hospedagem em quarto duplo com café e traslados aeroporto-hotel-aeroporto
Economia por mês: R$ 222,53 + R$ 1,12 = R$ 223,65
Salário necessário: a partir de
R$ 1.491


Fernando de Noronha
Quanto custa: R$ 2.484, com a CiaEco (11-5571-2525)
O que inclui: transportes aéreo e terrestre, 4 noites em quarto duplo (em pousada domiciliar), café da manhã, 1 trilha e 1 passeio de barco
Economia por mês: R$ 207 +
R$ 1,04 = R$ 208,04
Salário: a partir de R$ 1.387


Buenos Aires
Quanto custa: US$ 441 (R$ 837,90, câmbio da operadora), Nascimento (11-3882-1000)
O que inclui: aéreo, 2 noites, café e passeios
Economia por mês:
R$ 69,83 + R$ 0,35 = R$ 70,18
Salário: desde R$ 468



Faça a conta
(1) Divida o preço do pacote por 12 para achar o valor a ser poupado por mês
(2) Acrescente 0,5% à parcela mensal - o que resultará, em um ano, em economia aproximadamente 6,2% superior ao preço inicial do pacote, segundo o professor Samy Dana
(3) Calcule 15% da sua renda. Se o resultado for maior que o montante a ser economizado por mês, você tem fôlego para investir na viagem.